quarta-feira, 19 de junho de 2013

Dias de outono em Camburí

Dias de outono em Camburí

Certo dia na praia de Camburí, Litoral norte de São Paulo, vimos uma onda quebrando no final da tarde quando céu azul não mais estava, parecia que ela vinha anunciar o escuro da noite que chegava para nos acolher.
Envolvidos pelos morros verdes, o mar azul e o laranja do céu de outono, vimos o dia virar noite e o calor dar lugar a um frio que pedia uma blusa pra esquenta.
 Às sete horas nossas almas junto com nossos corpos, pediam uma pausa para nos alimentar. Uma breve parada num restaurante e a janta veio nos acalentar. Tudo bem simples, arroz, feijão, salada, farofa e aquele peixe de costume.
Éramos quatro, depois da janta uma se foi, não aguentando o sono entrou no chalé e      dormiu.
Sobraram três com a fome saciada. Parecia que tínhamos hora marcada, fomos à praia pra poder cantar.
Em mãos, um violão e uma escaleta, eram dois tocadores que também eram cantores e eu ali só pra apreciar os mais belos sons que mais pareciam vindos do mar.
Sentados na areia, de repente apareceu mais um com seu instrumento escondido dentro da bolsa e pediu pra participar. Concordamos e ele participou e voltamos a ser quatro na noite escura e fria.
Depois de um tempo a cantoria acabou, o último que se juntou ao grupo sumiu da mesma forma que chegou. O da escaleta foi embora encontrar com a namorada, pra juntos caírem nos braços do Morfeu. Eu e o violeiro entramos num bar, bebemos, ouvimos mais músicas, conhecemos pessoas e no fim da madrugada quase de manhã, fomos embora.
Cada um pro seu canto, a noite se foi o sol nasceu. Acordamos horas depois para viver o dia, compor uma nova história e aproveitar o sol enquanto a noite não chegava novamente.

Autor: Guilherme Batista Emidio

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